Umas das mais conhecidas óperas ganha produção grandiosa com direção cênica de André Heller-Lopes e direção musical do regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal, Roberto Minczuk
O Theatro Municipal de São Paulo, instituição da Secretaria Municipal de Cultura, encerra a temporada lírica de 2018 com a ópera Turandot, de Giacomo Puccini, uma das mais famosas e monumentais obras do repertório italiano. Para essa grande produção, a concepção e a direção são assinadas por um dos mais respeitados diretores cênicos brasileiros, André Heller-Lopes. As récitas acontecem nos dias 16, 17, 19, 21, 22 e 24, às 20h, e no dia 25, às 18h.
No palco, estarão mais de 170 artistas. A Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo se apresenta sob o comando do maestro Roberto Minczuk, que também assina a direção musical do espetáculo. O Coro Lírico terá regência de Mário Zaccaro e o Coral Paulistano da maestrina Naomi Munakata.
“Neste ano, o Municipal teve uma temporada de óperas que valorizou títulos quase desconhecidos do público em geral e outros mais populares até mesmo para quem não costuma frequentar casas de ópera, como o caso de La Traviata, que possui árias famosas que já serviram até de trilha sonora cinematográfica. Agora, com Turandot, esperamos ter uma reação semelhante da plateia, já que ela possui uma das árias mais famosas do repertório operístico mundial, Nessun dorma”, ressalta o Secretário Municipal de Cultura, André Sturm.
A obra de três atos é ambientada na China, no tempo das fábulas, e recriada sob olhar da Commedia Dell’Arte italiana. A trama, com toques modernos, fala de uma princesa que evita se casar, impondo a todos os seus pretendentes que resolvam três enigmas correndo o risco de perder a sua vida: quem não consegue solucioná-los tem sua cabeça cortada – ao começar a ópera quase 30 príncipes já morreram buscando vencer. Turandot vinga sua ancestral Lou-Ling que foi violentada e morta por um príncipe estrangeiro. Calaf, príncipe estrangeiro, encanta-se pela beleza de Turandot e aceita o desafio. A ópera traz ainda uma das mais doces heroínas de Puccini, a escrava Liù. Apaixonada em segredo por Calaf, ela sacrifica-se por amor, sem revelar o nome de seu amado.
“Vejo duas pessoas profundamente marcadas pelo seu passado: um príncipe que perdeu tudo e não tem mais alegria de viver e que só voltou a sorrir ao ver a amada. E Turandot, uma mulher criada como uma princesa dividida entre seu desejo de vingança e seu medo do amor. É um duelo de forças que cujo desfecho revela uma grande paixão entre os dois personagens”, explica Heller.
O diretor André Heller-Lopes cita como uma de suas inspirações para a elaboração do conceito do espetáculo uma carta do compositor Puccini para o libretista Renato Simoni, em 1920, informando que gostaria de fazer uma Turandot “pela mente moderna”. “É nesse contexto pós–freudiano que visualizo três mundos, três camadas, que são chaves para entender a história: o da fantasia associado ao passado e ao trauma da ancestral morta, e representado pela tradição milenar da Ópera de Pequim (teatro chinês tradicional com música, performance vocal, mímica, dança e acrobacia), e pela fábula e império chinês; o contemporâneo, em que se discutem temas muito atuais como violência contra a mulher e minorias em geral, representado pelo público que testemunha a representação e, finalmente, pelo bastidor desse espetáculo, num limite entre realidade e ficção”, revela Heller.
Turandot é a ópera inacabada de Giacomo Puccini que estreou no Teatro alla Scala, em Milão, em 1926. Como Puccini morreu antes de terminar a obra, coube ao compositor e pianista italiano Franco Alfano a tarefa de finalizá-la. Nos anos 2000, o compositor italiano Luciano Berio escreveu um novo final para a produção.
Para a montagem de Heller-Lopes, o diretor musical e regente da OSM, Roberto Minczuk, decidiu utilizar o final tradicional de Franco Alfano. “Para mim é um final perfeito, triunfante. A ópera termina para cima. É uma das características bacanas, que difere dos fins trágicos das outras óperas de Puccini, como Tosca e La Bohème. Em Turandot você chora de alegria com a força do espetáculo. Esse é o impacto que a ópera tem”, diz.
SOLISTAS
Como Turandot, Elizabeth Blancke-Biggs, grande soprano dramática norte-americana, faz sua estreia em São Paulo após elogiadas apresentações em outros países da América Latina, se revezando com Annemarie Kremer, que retorna ao Municipal: a cantora foi Salomé na produção homônima de 2014) O tenor canadense David Pomeroy faz sua estreia na América do Sul na interpretação de Calaf, papel que divide com o grande tenor brasileiro Eric Herrero.
No papel de Liù se alternam as cantoras paulistas Gabriella Pace, soprano radicada na Europa que celebra 20 anos de sua estreia no Municipal, e Marly Montoni, jovem que desponta como uma das grandes vozes brasileiras, em sua terceira produção de ópera na casa.
Timur será interpretado pelos consagrados baixos brasileiros Luiz-Ottavio Faria e Carlos Eduardo Marcos.
Os três ministros, Ping, Pang e Pong, responsáveis pela cenas de humor, serão cantados respectivamente pelo barítono Vinícius Atique e pelos tenores Geilson Santos e Giovanni Tristacci. Santos também se apresenta no palco como o Príncipe da Pérsia e Tristacci como o Imperador.
CENÁRIO
O cenário desenvolvido para a ópera Turandot cria um espaço para que vários planos narrativos aconteçam. Uma plateia vertical em forma de ferradura montada no palco cria plataformas elevadas, onde estará o “Público de Pequim”, representados por 85 dos coralistas, e que testemunham toda a ação. Ao centro, uma arena onde uma trupe, a “Ópera de Pequim”, com solistas, 45 coralistas e mais 10 atores, faz a encenação da fábula. Os cantores se tornam personagens atores a encenar a trama em um teatro montado dentro do palco do Theatro Municipal São Paulo.
“Ao reconstruir a arquitetura ou mesmo objetos ícones de uma cultura tão marcante como a chinesa, há uma grande chance de criarmos apenas um pastiche que traz a lembrança duvidosa de uma civilização. Prefiro ter esses elementos como uma lembrança e utilizá-los como textura para a luz, criando climas e dimensões que me parecem mais próximos da dimensão lírica que a música nos traz”, afirma o cenógrafo Renato Theobaldo.
Renato Theobaldo é participante ativo do universo operístico brasileiro, tendo concebido nos últimos 20 anos mais de 34 óperas; junto com o diretor André Heller-Lopes criou alguns espetáculos marcantes para o TMSP: Andrea Chénier, A Valquíria, O Crespúsculo dos Deuses, Ça Ira e, em 2017, A Flauta Mágica, que encerrou a temporada lírica do Theatro Municipal de São Paulo.
FIGURINO
Os figurinos são todos assinados por Sofia Di Nunzio que, como estilista de óperas, já fez projetos para o Teatro Colón, em Buenos Aires, o Teatro Solís, em Montevidéu, e para os teatros municipais de Santiago, no Chile, do Rio de Janeiro e o de São Paulo.
Para Turandot, a estilista desenvolveu dois recortes de figurinos: o dos coralistas (Público de Pequim), inspirado na estética dos anos 1960 com influência da cultura asiática, e os trajes dos solistas (Ópera de Pequim) que trazem muitas cores, estampas, máscaras e maquiagem tradicionais chinesas com elementos das artes marciais e do Império chinês.
A produção tem três horas, com dois intervalos. Os Ingressos variam de R$40 a R$150. A ópera tem o patrocínio do Banco Santander em uma das récitas no sábado e do Bradesco no domingo.
Serviço:
Sexta, 16, às 20h
Sábado, 17, às 20h
Segunda, 19, às 20h
Quarta, 21, às 20h
Quinta, 22, às 20h
Sábado, 24, às 20h
Domingo, 25, às 18h
Ópera Turandot
Giacomo Puccini
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Coro Lírico
Coral Paulistano
Diretor musical e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo – Roberto Minczuk
Diretor cênico – André Heller-Lopes
Assistente de Direção Cênica – Caetano Pimentel
Cenografia – Renato Theobaldo
Figurino – Sofia Di Nunzio
Desenho de Luz – Fabio Retti
Sala de Espetáculos – Theatro Municipal de São Paulo
Elenco:
Turandot: Elizabeth Blancke-Biggs (16, 19, 22, 25)
Annemarie Kremer (17, 21, 24)
Calaf: David Pomeroy (16, 19, 22, 25)
Eric Herrero (17, 21, 24)
Liù: Gabriella Pace (16, 19, 22, 25)
Marly Montoni (17, 21, 24)
Timur: Luiz-Ottavio Faria (16, 19, 22, 25)
Carlos Eduardo Marcos (17, 21, 24)
Ping: Vinícius Atique
Pang / Príncipe da Pérsia: Geilson Santos
Pong / Imperador Altoum: Giovanni Tristacci
Mandarim: Davi Marcondes
Duração: 180 min. com 2 intervalos
Classificação indicativa: 12 anos
Ingressos: R$ 150 / R$ 110 / R$ 40
Mais informações:
André Heller-Lopes
Dono de uma trajetória ímpar, é um dos nomes mais respeitados da ópera no Brasil. Professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), PhD na King’s College, de Londres, debruçou-se sobre o nascimento da ópera nacional no século XIX. Com espetáculos como Ariadne auf Naxos (Theatro Municipal de São Paulo) e O Cavaleiro da Rosa (Osesp), ganhou por três vezes consecutivas o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Diretor. Em 2012, foi destacado pela revista Época como um dos “100 brasileiros mais influentes” por trabalhos como o Anel Brasileiro, para o Theatro Municipal de São Paulo. Especializado na Royal Opera House Covent Garden de Londres e na Ópera de São Francisco, foi coordenador de ópera da Prefeitura do Rio de Janeiro de 2003 a 2008 e, em 2013, coordenador de elencos da Orquestra Sinfônica Brasileira. Em 2017, assinou a direção artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em Portugal, trabalhou na direção artística do Teatro Nacional de São Carlos, comandando de 2009 a 2011 o Programa de Jovens Intérpretes. Em 2019, dirigirá óperas na Alemanha, na Polônia e no Chile.
Roberto Minczuk
Fez sua estreia internacional à frente da Filarmônica de Nova York. Depois disso, regeu mais de 100 orquestras internacionais. Foi diretor artístico do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, diretor artístico adjunto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e maestro titular da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, sendo o primeiro artista a receber o Prêmio ConcertArte, de Ribeirão Preto. Venceu o Grammy Latino e foi indicado ao Grammy Americano com o álbum Jobim Sinfônico. Atualmente, é maestro titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, maestro emérito da Orquestra Sinfônica Brasileira, da qual foi regente titular de 2005 a 2015, e maestro emérito da Orquestra Filarmônica de Calgary, no Canadá.
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
No começo do século 20, as companhias líricas internacionais que se apresentavam no Theatro Municipal traziam da Europa seus instrumentistas e coros completos, pela falta de um grupo orquestral em São Paulo especializado em ópera. A partir da década de 1920, uma orquestra profissional foi criada e passou a realizar apresentações esporádicas, tornando-se regular em 1939, sob o nome de Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. Uma década mais tarde, o conjunto passou a se chamar Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e foi oficializado em lei de 28 de dezembro de 1949, que vigora ainda hoje.
A história da Sinfônica Municipal se confunde com a da música orquestral em São Paulo, com participações memoráveis em eventos como a primeira Temporada Lírica Autônoma de São Paulo, com a soprano Bidu Sayão; a inauguração do Estádio do Pacaembu, em 1940; a reabertura do Theatro Municipal, em 1955, com a estreia da ópera Pedro Malazarte, regida pelo compositor Camargo Guarnieri; e a apresentação nos Jogos Pan-Americanos de 1963, em São Paulo.
Estiveram à frente da Orquestra os maestros Arturo de Angelis, Zacharias Autuori, Edoardo Guarnieri, Leon Kasniefsky, Souza Lima, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi e John Neschling.
Roberto Minczuk é o atual regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.
Coral Paulistano
Com a proposta de levar a música brasileira ao Theatro Municipal de São Paulo, em 1936, por iniciativa de Mário de Andrade, foi criado o Coral Paulistano. O então diretor do Departamento Municipal de Cultura queria mostrar à elite paulistana a importância do movimento nacionalista que contagiava os compositores brasileiros da época e que era até então desconhecida.
Marco da história da música em São Paulo, o grupo foi um dos muitos desdobramentos do movimento modernista da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 2013, o Coral foi novamente fortalecido e revalorizado. Com uma programação extensa de apresentações de música brasileira erudita em diferentes espaços da cidade, renovou seu fôlego e retomou suas atividades resgatando sua autenticidade.
Atualmente o Coral Paulistano tem como regente titular a maestrina Naomi Munakata, e a maestrina Maíra Ferreira como regente assistente. O grupo integra a Fundação Theatro Municipal de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.
Naomi Munakata
Naomi Munakata iniciou os estudos musicais ao piano aos 4 anos e começou a cantar aos 7, no coral regido por seu pai, Motoi Munakata. Formou-se em composição e regência em 1978, pela Faculdade de Música do Instituto Musical de São Paulo, na classe de Roberto Schnorrenberg. A vocação para a regência começou a ser trabalhada em 1973. Anos depois, essa opção lhe valeria o prêmio de Melhor Regente Coral, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. Estudou ainda regência, análise e contraponto com Hans-Joachim Koellreutter e viajou à Suécia para estudar com o maestro Eric Ericson. Aperfeiçoou-se em regência na Universidade de Tóquio. Foi regente do Coral Sinfônico do Estado de SP de 1995 a 2000 (ULM) e do Coro da Osesp de 2001 a 2015. Atualmente é a regente titular do Coral Paulistano.
Coro Lírico
Formado por cantores que se apresentam regularmente como solistas nos principais teatros do país, o Coro Lírico Municipal de São Paulo atua nas montagens de óperas das temporadas do Theatro Municipal, em concertos com a Orquestra Sinfônica Municipal, e em apresentações próprias. O Coro Lírico foi criado em 1939 e teve como primeiro diretor o maestro Fidélio Finzi, que preparou o grupo para a estreia em Turandot, em 13 de junho de 1939. Em 1947, Sisto Mechetti assumiu o posto de maestro titular e somente em 1951 o coro foi oficializado, sendo dirigido posteriormente por Tullio Serafin, Olivero De Fabritis, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi, Francisco Mignone, Heitor Villa-Lobos, Roberto Schnorrenberg, Marcello Mechetti, Fábio Mechetti e Bruno Greco Facio.
Atualmente regido por Mário Zaccaro, o Coro Lírico Municipal de São Paulo recebeu os prêmios de Melhor Conjunto Coral de 1996, pela APCA, e o prêmio Carlos Gomes 1997 na categoria Ópera.
Mário Zaccaro
Estudou regência com Eleazar de Carvalho e Robert Shaw, e orquestração com Cyro Pereira e Luis Arruda Paes. Foi diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica e regente assistente do maestro Isaac Karabtchevsky na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. De 1994 a 2013, foi regente do Coro Lírico Municipal de São Paulo, reassumindo a função em 2017. Procura sempre introduzir inovações nas técnicas de preparação musical do corpo artístico. Maestro, compositor, arranjador e pianista, Zaccaro foi também professor de teoria, harmonia e percepção musical na Escola Municipal de Música de São Paulo.
Theatro Municipal de São Paulo
O Theatro Municipal de São Paulo faz parte da Secretaria Municipal de Cultura. Em 27 de maio de 2011, o Theatro Municipal de São Paulo foi transformado de departamento da Secretaria Municipal de Cultura em Fundação de direito público, com um corpo artístico formado pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coro Lírico Municipal de São Paulo, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Paulistano, Orquestra Experimental de Repertório, Escola Música do Theatro Municipal de São Paulo e pela Escola de Dança do Theatro Municipal de São Paulo, tendo como espaços o Theatro Municipal, a Central Técnica do Theatro Municipal e a Praça das Artes.
Inaugurado em 12 de setembro de 1911, o edifício inspirado na Ópera Garnier, em Paris, tem a assinatura do arquiteto Ramos de Azevedo e projeto interno dos italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi. Além de receber grandes nomes mundiais da música e da dança como Enrico Caruso, Maria Callas, Francisco Mignoni, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Isadora Duncan, Nijinsky, Nureyev e Baryshnikov; o Theatro também foi cenário de um dos principais eventos da história das artes no Brasil, a Semana de Arte Moderna.
Nos quase 107 anos do Theatro Municipal, três grandes reformas marcaram as mudanças e renovações do prédio: a primeira delas, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, e para celebrar o centenário, a terceira reforma, mais complexa que as anteriores, restaurou o edifício e modernizou o palco.
Instituto Odeon
O Instituto Odeon é o gestor do Theatro Municipal de São Paulo. Com mais de 20 anos de atuação na área da cultura, o Instituto se destaca pela gestão do Museu de Arte do Rio – MAR, no Rio de Janeiro, além de consultorias ao Governo do Pernambuco e Prefeitura de Porto Alegre, produção de espetáculos de teatro e idealização e gestão de diversos projetos
socioculturais. A instituição assumiu em setembro de 2017 a gestão do corpo artístico formado pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coro Lírico Municipal de São Paulo, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Paulistano Mário de Andrade e Orquestra Experimental de Repertório e dos espaços Theatro Municipal, Central Técnica do Theatro Municipal e Praça das Artes.