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18 de outubro de 2019

Theatro Municipal estreia a opereta ‘A Viúva Alegre’ com direção de Miguel Falabella e apresentações a R$20

A trama da opereta ‘A Viúva Alegre’ tem três atos e se passa em Paris, em 1905.

Montagem estreia no próximo dia 14, será encenada em português e fica em cartaz até o dia 24 de novembro; ao todo serão 10 récitas, sendo que as apresentações aos domingos terão valor único de R$ 20 para todos os setores

A temporada lírica 2019 do Theatro Municipal de São Paulo se encerra com a divertidíssima opereta ‘A Viúva Alegre’, de Franz Lehár e libreto original de Viktor Léon e Leo Stein, numa montagem inédita e exclusiva em português. Miguel Falabella, um dos diretores mais populares e ecléticos do Brasil, assina a tradução, versão e direção cênica. A produção tem o maior número de récitas do ano, ao todo são 10, sendo a estreia no dia 14 de novembro, às 20h. As apresentações seguem até o dia 24, sendo de terça a sábado, sempre às 20h, e aos domingos às 18h. Os ingressos custam de R$ 20 a R$ 120 e podem ser adquiridos a partir de 18 de outubro, pela internet, no site theatromunicipal.org.br ou na bilheteria do próprio Theatro. Especialmente para as récitas de 17 e 24 de novembro (domingos), o ingresso terá preço único de R$ 20 para todos os setores e a venda será exclusiva na bilheteria do Theatro, a partir das 12h no dia do espetáculo – e a apresentação do dia 24 ainda terá o recurso de audiodescrição.

O convite a Miguel Falabella partiu do diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo, Hugo Possolo, que, ao trazer um grande nome da televisão e do teatro brasileiro para dirigir ‘A Viúva Alegre’ quer aproximar novos públicos do gênero ópera, reforçando a missão do Municipal de ser um bem cultural acessível e democrático. “A visão dele em imprimir novos públicos ao Municipal tem muita sincronia com o nosso pensamento de trazer uma obra de alcance popular. O nome ‘Falabella’ pode gerar um interesse naqueles que não conhecem o Theatro em frequentar a casa. Sem contar que ‘A Viúva Alegre’ é uma história que tem uma música de alta qualidade, muito divertida, será realizada em português e isso já possibilita um diálogo maior”, ressalta Possolo.

A grande estreia de Miguel Falabella no Theatro Municipal de São Paulo será como diretor. Esta também é a primeira opereta/ópera da sua carreira. Ele, que é um artista de renome e eclético em suas facetas como ator, diretor, dramaturgo, cineasta, dublador e uma das personalidades brasileiras mais conhecidas do teatro e da televisão, também é um fã de óperas e já assistiu a diversas produções em suas viagens para o exterior. “Meu avô era italiano e, antes de falar, eu já ouvia ópera. Cresci ouvindo grandes nomes como Renata Tebaldi, Victoria de Los Angeles… O desejo de todos nós é ampliar a acessibilidade ao Theatro. Eu quero usar a minha imagem para popularizar e dizer ‘Venham!’ O Theatro é nosso. Estou profundamente emocionado por trabalhar com pessoas que tenho o maior respeito do mundo”, completa Falabella.

À frente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo está o maestro assistente Alessandro Sangiorgi, que também assina a direção musical. “’A Viúva Alegre’ é considerada a primeira e a mais popular entre todas as operetas, inclui todas as características que se possam desejar em uma obra deste gênero: vivacidade e elegância, situações cômicas e românticas, danças que na época estavam na moda, enfim, Lehar conseguiu uma operação musical impecável”, afirma.

O Coro Lírico Municipal de São Paulo será preparado pelo maestro titular Mário Zaccaro e pelo assistente Sergio Wernec. A cenografia é de Zezinho Santos e Turíbio Santos (Santos & Santos), e figurinos de Lígia Rocha e Marco Pacheco. Desenho de luz de Guillermo Herrero, coreografia e direção de movimento de Fernanda Chamma e visagismo de Dicko Lorenzo.

A montagem do Municipal tem dois elencos. No papel da viúva alegre e insinuante Hannah Glawari se revezam as sopranos Camila Titinger e Marianna Lima. Como o playboy aristocrata, Conde Danilo, estão Rodrigo Esteves e Daniel Germano. O ator e barítono Sandro Christopher e o baixo Saulo Javan interpretam o pomposo Barão Mirko Zeta. A soprano Lina Mendes, que também está em cartaz com o musical O Fantasma da Ópera, vai dar vida juntamente com Amanda Souza (soprano) à ingênua Valenciana, esposa do Barão Mirko Zeta. Os tenores Anibal Mancini e Luciano Botelho serão o jovem ardente francês Camillo (Conde de Rosillon), que é apaixonado por Valenciana. Ainda na produção, Adriano Tunes é NjégusJohnny França como Visconde de CascadaCaio Duran no papel de Raul de St. BriocheDavid Marcondes como BogdanowitschEdna D’Oliveira sendo SilviaMárcio Marangon vive Kromow e Andreia Souza sobe ao palco como Olga.

A Viúva Alegre
A trama em três atos se passa em Paris, em 1905. O Barão Zeta, embaixador de Pontevedro – um pequeno reino fictício – oferece uma festa na embaixada para recepcionar Hannah Glawari, jovem, bela e rica viúva. O objetivo é evitar que ela se case com alguém que não seja do pequeno reino para manter a fortuna no próprio país, evitando a quebra das finanças locais.

No passado, a Viúva Alegre teve uma decepção amorosa com o Conde Danilo e acabou se casando com um milionário bem mais velho, que veio a falecer. Em um plano arquitetado pelo próprio barão, o conde é convidado para a celebração, mas o antigo casal acaba se desentendendo.

Com a ajuda das esposas dos amigos do Barão – velhos militares e diplomatas pontevedrianos -, os vários pretendentes da viúva são desviados de seu foco. O objetivo é provocar a reconciliação de Hannah com o Conde Danilo, com a ajuda das “esposas exemplares” que flertam com os jovens num divertido jogo de sedução, deixando o caminho livre para o reencontro dos dois amantes que, finalmente, fazem as pazes.

Cenário fovista
Todos os três atos da opereta se passam em festas, sendo o primeiro uma celebração na embaixada do país fictício Pontevedro, o segundo no jardim da residência da viúva e o terceiro no salão de baile da mesma casa. O conceito criado por Miguel Falabella e os arquitetos se baseia Fovismo, que assim como a opereta surgiu no início do século 20 e foi considerado “menor”. ‘A Viúva’ chegou a ser classificada como obscena em suas primeiras semanas e o Fovismo, uma “arte boba”. Anos depois, a produção se tornou um sucesso e atualmente ninguém mais descaracteriza os artistas fovistas.

No cenário, o Fovismo ganha destaque numa parede florida e extremamente colorida, com mais de 50 mil flores artificiais, que provocarão deslumbramento e impacto no público, preenchendo o palco durante toda a opereta. “A parede florida é o elemento que une os três atos e optamos por poucos elementos cênicos que marquem onde os personagens estão, na embaixada, no jardim, no salão de baile da viúva”, explica Zezinho Santos, que, junto com Turíbio Santos, realiza seu primeiro trabalho para o Theatro Municipal de São Paulo.

“É um espetáculo popular, não é popularesco, é divertido, engraçado. Eu vou fazer uma ‘Viúva’ fovista, com uma paleta de cores que é uma explosão. A plateia vai ficar encantada porque o impacto visual é realmente muito grande. É uma noite divertida no Theatro”, afirma Falabella. O movimento fovista exaltou o colorido brutal em suas pinturas, usando exclusivamente as cores primárias.

Figurinos
Quem também faz sua estreia no Municipal é a figurinista Lígia Rocha, que assina a criação das peças juntamente com Marco Pacheco. Também influenciadas pelo Fovismo, as roupas terão cores intensas e, como a obra se passa no século 20 e em festas, as mulheres usarão vestidos com volumes na parte de trás, que formarão ancas, além de decotes, cinturas bem marcadas, rendas, brilhos e tiaras. As mangas também serão destaque. Os homens estarão com trajes mais convencionais e realistas, em sua maioria na cor preta, e alguns adereços ganharão contornos fovistas como, por exemplo, as medalhas.

Em sua temporada 2019, o Theatro Municipal de São Paulo já realizou três óperas: ‘O Barbeiro de Sevilha’, ‘Rigoletto’ e a contemporânea ‘p r i s m’. O público total foi de mais de 28 mil espectadores.

Dia Mundial da Ópera
O Theatro Municipal de São Paulo também celebra no dia 25 de outubro o Dia Mundial da Ópera, primeira comemoração internacional a homenagear o gênero que surgiu há mais de 400 anos. A iniciativa é um esforço conjunto de importantes associações de apoio a companhias e festivais de ópera, como a OPERA America, com sede nos EUA, a Opera Europa, que fica na Bélgica, e a Ópera Latinamérica (OLA), com base no Chile e da qual o Theatro Municipal é membro. O Dia Mundial da Ópera também conta com o apoio da UNESCO e do Instituto Internacional de Teatro (IIT). A escolha da data está ligada ao compositor francês Georges Bizet, que nasceu em 25 de outubro de 1838 e é autor de ‘Carmen’, uma das obras mais encenadas e conhecidas do repertório operístico mundial.

Serviço:

‘A Viúva Alegre’ no Theatro Municipal de São Paulo

Novembro | datas e horários das récitas

Quinta-feira, 14, às 20h
Sexta-feira, 15, às 20h
Sábado, 16, às 20h
Domingo, 17, às 18h – Récita a preço único R$ 20
Terça-feira, 19, às 20h
Quarta-feira, 20, às 20h
Quinta-feira, 21, às 20h
Sexta-feira, 22, às 20h
Sábado, 23, às 20h
Domingo, 24, às 18h – Récita com audiodescrição e a preço único de R$ 20
Local: Sala de Espetáculos, Theatro Municipal de São Paulo
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/n.
Ingressos: R$ 20 | R$ 80 | R$ 120 – para as récitas dos dias 17 e 24 os ingressos serão comercializados a preço único de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), para todos os setores, e a venda será exclusiva na bilheteria do Theatro, a partir das 12h no dia do espetáculo.
Vendas: pelo site theatromunicipal.org.br ou na bilheteria do Theatro Municipal.
Horário de funcionamento da bilheteria: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados e domingos, das 10h às 17h.
Formas de pagamento: Dinheiro e Cartões de Débito e Crédito
Duração aproximada: 2 horas e 30 minutos
Classificação indicativa: livre
Capacidade: 1500 lugares
Acessibilidade: Sim

Ficha técnica ‘A Viúva Alegre’
Franz Lehár
Libreto original: Viktor Léon e Leo Stein
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Coro Lírico Municipal de São Paulo
Alessandro Sangiorgi – direção musical e regência
Miguel Falabella – tradução, versão e direção cênica
Santos & Santos – cenografia
Lígia Rocha & Marco Pacheco – figurinos
Guillermo Herrero – desenho de luz
Dicko Lorenzo – visagismo
Fernanda Chamma – coreografia e direção de movimento

Elenco:
Hannah Glawari – Camila Titinger (14, 16, 19, 21, 23)
Marianna Lima (15, 17, 20, 22, 24)

Conde Danilo – Rodrigo Esteves (14, 16, 19, 21, 23)
Daniel Germano (15, 17, 20, 22, 24)

Barão Zeta – Sandro Christopher (14, 16, 19, 21, 23)
Saulo Javan (15, 17, 20, 22, 24)

Valenciana – Lina Mendes (14, 15, 19, 21, 23)
Amanda Souza (16, 17, 20, 22, 24)

Camilo de Rossillion – Anibal Mancini (14, 16, 19, 21, 23)
Luciano Botelho (15, 17, 20, 22, 24)

Njégus – Adriano Tunes (ator)

Visconde Cascada – Jonnhy França (barítono)

Raul de St. Brioche – Caio Duran (tenor)

Bogdanowitsch – David Marcondes (barítono)

Silvia – Edna D’Oliveira (soprano)

Kromow – Marcio Marangon (barítono)

Olga – Andreia Souza (mezzo soprano)

Grisetes (bailarinas):
Lolo – Mari Saraiva
Dodo – ‘Hellen de Castro
Jou-Jou – Carol Isolani
Frou-Frou – Nay Fernandes
Clo-Clo – Luana Zehnun
Margot – Vanessa Costa

Bailarinos:
André Gomes
André Luiz Odin
Daniel Caldini
Davi Tostes
Rodolfo Saraiva
Ygor Zago