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17 de fevereiro de 2020

Orquestra Sinfônica Municipal abre a Temporada 2020 com a grandiosa Sinfonia Nº 3 de Mahler

Apresentação ocorre no Theatro Municipal de São Paulo, sob a regência do maestro Roberto Minczuk; concerto terá ainda a participação do naipe feminino do Coral Paulistano, do Coro Infanto-Juvenil Heliópolis e da solista Ana Lucia Benedetti. Fotografia: Gsé Silva

 

A Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, sob a regência de seu maestro titular, Roberto Minczuk, abre a Temporada Sinfônica de 2020 em grande estilo no palco do Theatro Municipal de São Paulo. Nos dias 06 e 07 de março, às 20h, a OSM apresenta a grandiosa Sinfonia Nº 3 em Ré Menor, do compositor austríaco Gustav Mahler, acompanhada do naipe feminino do Coral Paulistano – sob a preparação da maestrina Naomi Munakata -, do Coro Infanto-Juvenil Heliópolis e da mezzo soprano Ana Lucia Benedetti.

Herdeira das sinfonias de Beethoven por sua grandiosidade, emprego de vozes e ambição orquestral, a Terceira Sinfonia de Mahler dá início à temporada de concertos da OSM com muita propriedade envolvendo 170 artistas no palco do Municipal. Ao longo deste ano a orquestra apresentará mais 14 concertos até dezembro, incluindo aí oito apresentações dedicadas a Beethoven, cujo nascimento completa 250 anos em dezembro de 2020, dentro da série Beethoven Total.

Regente, compositor e orquestrador, Gustav Mahler foi um dos maiores nomes do período romântico. Porta-voz das transformações musicais na virada do século 20, foi atuante na transição entre o romantismo e o modernismo. Aos 15 anos, em 1875, ingressou no Conservatório de Viena. Em 1885 regeu na famosa Ópera de Praga, o que tornou seu nome mais conhecido e, em 1892, regeu na icônica Royal Opera House de Londres. Em 1897 alcançou o cargo musical mais cobiçado de toda a Europa: maestro titular da Ópera Imperial de Viena. Entre as suas obras mais famosas estão, além da Sinfonia Nº 3, as de Nº 8 e de Nº 2.

E o ano de 2020 marca também o retorno do Programa de Assinaturas do Theatro Municipal. Entre 23/01 e 17/02, ex-assinantes da Temporada 2018 e novos assinantes puderam adquirir pacotes que contemplam Séries Sinfônicas e Óperas, além de um pacote dedicado exclusivamente à série Beethoven Total. Neste ano foram mais de 3.300 assinaturas vendidas, superando o número de adesões de 2016, 2017 e 2018.

 

Serviço:

Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos

MAHL3R

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Coral Paulistano (naipe feminino)
Coro Infanto-Juvenil Heliópolis
Roberto Minczuk, regência
Ana Lucia Benedetti, mezzo-soprano

Programa

GUSTAV MAHLER

Sinfonia Nº 3 em Ré Menor

Duração aproximada: 1 hora e 40 minutos
Indicação etária: Livre
Ingressos: R$ 40 / R$ 30 / R$ 12
Vendas: pelo site theatromunicipal.org.br ou na bilheteria do Theatro Municipal
Horário de funcionamento da bilheteria: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados e domingos, das 10h às 17h
Formas de pagamento: dinheiro e cartões de débito e crédito

 

Mais informações:

Orquestra Sinfônica Municipal

A história da Sinfônica Municipal se confunde com a da música orquestral em São Paulo, com participações memoráveis em eventos como a primeira Temporada Lírica Autônoma de São Paulo, com a soprano Bidú Sayão; a inauguração do Estádio do Pacaembu, em 1940; a reabertura do Theatro Municipal, em 1955, com a estreia da ópera Pedro Malazarte, regida pelo compositor Camargo Guarnieri; e a apresentação nos Jogos Pan-Americanos de 1963, em São Paulo. Estiveram à frente da Orquestra os maestros Arturo de Angelis, Zacharias Autuori, Edoardo Guarnieri, Lion Kaniefsky, Souza Lima, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi e John Neschling.

Coral Paulistano

Com a proposta de levar a música brasileira ao Theatro Municipal de São Paulo, em 1936, por iniciativa de Mário de Andrade, foi criado o Coral Paulistano. O então diretor do Departamento Municipal de Cultura da cidade queria mostrar à elite paulistana a importância do movimento nacionalista que contagiava os compositores brasileiros da época e que era até então desconhecida. Marco da história da música em São Paulo, o grupo foi um dos muitos desdobramentos do movimento modernista da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 2013, o Coral foi novamente fortalecido e revalorizado. Com uma programação extensa de apresentações de música brasileira erudita em diferentes espaços da cidade, renovou seu fôlego e retomou suas atividades resgatando sua autenticidade. Atualmente o Coral Paulistano tem como regente titular a maestrina Naomi Munakata, e a maestrina Maíra Ferreira como regente assistente.

Roberto Minczuk

Natural de São Paulo, Roberto Minczuk começou a estudar música com o pai aos 6 anos de idade. Aos 9, ingressou como trompista na Escola Municipal de Música e, com 10 anos, fez sua estreia como solista no Theatro Municipal de São Paulo. Aos 13 anos, foi contratado por Isaac Karabtchevsky para ser 1ª trompa do Orquestra Sinfônica Municipal, em 1981. Mudou-se para Nova York aos 14 anos com bolsa de estudos, e se formou na Julliard School of Music. Como solista, fez sua estreia no Carnegie Hall aos 17 anos. Aos 20, tornou-se membro da Orquestra Gewandhaus de Leipzig, na Alemanha. Como maestro, fez sua estreia internacional à frente da Filarmônica de Nova York – da qual, mais tarde, foi regente associado. Depois disso, regeu mais de cem orquestras internacionais. Foi diretor artístico do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, diretor artístico adjunto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e maestro titular da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, sendo o primeiro artista a receber o Prêmio ConcertArte, de Ribeirão Preto. Venceu o Grammy Latino e foi indicado ao Grammy Americano com o álbum Jobim Sinfônico. Atualmente, é maestro titular da Orquestra Sinfônica Municipal, maestro emérito da Orquestra Sinfônica Brasileira, da qual foi regente titular de 2005 a 2015, e maestro emérito da Orquestra Filarmônica de Calgary, no Canadá. Em 2019, completou 25 anos de carreira.

Naomi Munakata

Iniciou os estudos musicais ao piano aos 4 anos e começou a cantar aos 7, no coral regido por seu pai, Motoi Munakata. Formou-se em Composição e Regência em 1978, pela Faculdade de Música do Instituto Musical de São Paulo, na classe de Roberto Schnorrenberg. A vocação para a regência começou a ser trabalhada em 1973. Anos depois, essa opção lhe valeria o prêmio de Melhor Regente Coral, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. Estudou ainda regência, análise e contraponto com Hans-Joachim Koellreutter e viajou à Suécia para estudar com o maestro Eric Ericson. Aperfeiçoou-se em regência na Universidade de Tóquio. Foi regente do Coral Sinfônico do Estado de SP de 1995 a 2000 (ULM) e do Coro da Osesp de 2001 a 2015. Atualmente é a regente titular do Coral Paulistano.

Ana Lucia Benedetti

Natural de São Paulo, Ana Lucia obteve o 1º lugar no IX Concurso de Canto Maria Callas (2009), o prêmio Melhor Voz Feminina no IV Concurso de Canto Carlos Gomes (2011), 3º lugar no IX Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão (2011) e foi finalista do VI Concurso de Interpretação da Canção de Câmara Brasileira (2004). Vem se destacando no cenário lírico como Ulrica (Um Baile de Máscaras, de Verdi), Santuzza (Cavalleria Rusticana, de Mascagni), Olga (Eugene Onegin, de Tchaikovsky), Marguerite (A Danação de Fausto, de Berlioz), Fidalma (Il Matrimonio Segreto, de Cimarosa), Emilia (Otello, de Verdi), Albine (Thaïs, de Massenet), entre outros. No repertório sinfônico, executa obras como Réquiem, de Verdi, Sinfonia Nº 2 e Nº 8, e Rückert-Lieder, de Mahler, Sinfonia Nº 9, de Beethoven, Magnificat Aleluia, de Villa-Lobos, Oratório de Natal, de Saint-Säens, e Stabat Mater, de Pergolesi. Bacharel em canto, desde 2010 recebe orientação vocal de Isabel Maresca.