Programação, temporada 2024

Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Projeto 250 anos de Beethoven

Theatro Municipal

18/12/2020 • 20h

[Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos]

250 anos de Beethoven

Orquestra Sinfônica Municipal
Roberto Minczuk
, regência
Marly Montoni, soprano

Programa
LUDWIG VAN BEETHOVEN
Abertura da ópera Fidelio (5′)
AbscheulicherWo Eilst du hin?”da ópera Fidelio (8’) 


Classificação etária Livre
Para assistir: acesso gratuito no YouTube, https://www.youtube.com/theatromunicipalsp

Programação sujeita a alteração

Nota de programa

As nove sinfonias de Ludwig van Beethoven (1770-1827) são marcos tão importantes para nossa cultura quanto as peças de Shakespeare ou as pinturas de Leonardo da Vinci. Não parece exagero definir orquestra como um grupo que existe, essencialmente, para tocar sinfonias de Beethoven – e, a partir daí, todo o resto do repertório. A Sinfonia nº7, que abre nossa programação especial de homenagem aos 250 anos do compositor, foi apelidada por Richard Wagner de “apoteose da dança”, devido ao impulso coreográfico que parece animar todos seus movimentos. Seu coração é o Allegretto, que fez tanto sucesso na estreia que foi bisado. Já nosso encerramento é com uma das mais populares obras não apenas de Beethoven, como de todo o repertório orquestral: a Sinfonia nº5, um milagre de construção, já que o pequeno motivo de quatro notas que ouvimos logo no começo é o alicerce sobre o qual o compositor erige seu majestoso edifício sinfônico. 

As sinfonias de Beethoven parecem óperas sem palavras, narrativas seguindo um esquema que já foi definido pela expressão alemã “Kampf und Sieg” (luta e vitória). Aluno de um dos maiores autores de ópera de seu tempo, o italiano Antonio Salieri (1750-1825), que também foi professor de Schubert e Liszt), o compositor alemão escreveu apenas uma obra no gênero: Fidelio, a história de uma mulher (Leonore) que se disfarça de homem (com o nome de Fidelio) para libertar o marido das garras de um tirano. Se não obteve muito sucesso na sua época, Fidelio hoje é pedra de toque do repertório germânico, e sua glorificação do amor e da liberdade parece prefigurar os ideais que Beethoven festejaria no final de sua Nona Sinfonia. 

Irineu Franco Perpétuo

 

Confira o programa de sala completo aqui.