Theatro Municipal
07/05/2022 • 19h45
[ Theatro Municipal – Sala de Espetáculo ]
O encontro “Conversa de Bastidor” irá propor diálogos e ampliar pontos de vista sobre a programação do Theatro Municipal de São Paulo, em especial as óperas. Por meio de compartilhamento de leituras, vivências e conhecimentos, busca aproximar a plateia das experiências de criação artística e do contexto cultural no qual estão envolvidas. É um convite ao público para, além de prestigiar as óperas, participar dos debates que elas suscitam.
Nesta edição, os participantes irão dialogar sobre a ópera Café, apresentada no Theatro Municipal nos dias 3, 4, 6, 7 e 8 de maio (saiba mais). A Conversa será presencial e também terá transmissão ao vivo pelo Youtube do Theatro Municipal.
Conversa de Bastidor – Café
Participantes:
Felipe Senna, compositor
Sérgio de Carvalho, concepção, direção cênica e adaptação do libreto
Maíra Ferreira, regente do Coral Paulistano
Luís Gustavo Petri, direção musical e regência
Carlos Moacir Vedovato Junior, professor de literatura brasileira e doutorando com tese sobre a ópera Café (FFLCH-USP)
Judite Santos, integrante da ópera e representante do MST
Leandro Mendes, anfitrião da conversa e supervisor de Arte Educação no Núcleo de Educação do Theatro Municipal
Sobre os participantes:
Felipe Senna, mestre em artes com distinção pela City-University of London (composição, 2013) e bacharel em música pela Unesp (composição e regência, 2002), Felipe Senna propõe a incorporação de nossas raízes musicais, populares e folclóricas, no discurso musical instrumental, promovendo o cruzamento de diferentes linguagens e transcendendo barreiras de gênero na busca por uma criação contemporânea que dialogue com o público, aproximando-o do universo da música. Sua obra se estende do universo sinfônico e camerístico ao intermidiático e teatral – meio em que também foi diretor musical e regente. Ao longo de 28 anos de atividade profissional, teve obras encomendadas e estreadas pelas orquestras sinfônicas da USP, de Santo André, de São José dos Campos, do Limiar, Jazz Sinfônica, Jovem Tom Jobim, Zurich String (Suíça), dos conservatórios de Rennes e Lannion (França), Echo Chamber (EUA), Banda Sinfônica do Estado de São Paulo (BSESP) e Banda Jovem do Estado, Camerata de Curitiba, São Paulo Chamber Soloists e pelo Quarteto da Cidade, apresentadas em festivais e palcos internacionais e nacionais. Foi o vencedor do primeiro prêmio nos concursos Camargo Guarnieri (2007) e Ritmo e Som (2002) e premiado pela XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea (Funarte-2021). Senna é o criador e diretor do grupo Câmaranóva.
Sérgio de Carvalho, é dramaturgo, encenador e pesquisador de teatro. É diretor do grupo teatral Companhia do Latão e professor livre-docente de dramaturgia na USP. Tem doutorado em literatura brasileira, mestrado em artes cênicas, graduação em jornalismo e colaborou nos principais veículos de comunicação do país. Realizou conferências em países como Alemanha, Argentina, Cuba, Espanha, Grécia, México e Portugal. Foi premiado como encenador pela União dos Escritores e Artistas de Cuba pela montagem de O Círculo de Giz Caucasiano, de Brecht, em 2008. Entre seus muitos espetáculos estão O Nome do Sujeito (1998), A Comédia do Trabalho (2000), Ópera dos Vivos (2010) e O Pão e a Pedra (2016). Dirigiu também shows de música e filmes, como Valor de Troca (TV Cultura, 2007). Entre seus livros destacam-se Introdução ao Teatro Dialético (Expressão Popular, 2009), Companhia do Latão 7 Peças (Cosac Naify, 2008) e Três Peças Companhia do Latão (Temporal, 2019).
Maíra Ferreira é bacharel em regência e em piano pela UNICAMP e possui mestrado em regência pela universidade Butler em Indianápolis (EUA), sob orientação do maestro Henry Leck. Atualmente, é Regente Titular do Coral Paulistano, do Coro Adulto da Escola Municipal de Música e do Coral Avançado do Instituto Baccarelli. Foi premiada pela Revista Concerto na categoria “Jovem Talento” no prêmio Melhores do Ano de 2019. Nos Estados Unidos, entre 2013 e 2015, foi pianista colaboradora do Butler Opera Theater, além de atuar como regente assistente do Butler Chorale e University Choir, regidos por Eric Stark. Integrou o Indianapolis Symphonic Choir, apresentando-se em importantes salas de concertos dos Estados Unidos, incluindo Carnegie Hall. Especializada em coros infantojuvenis, atuou também no Indianapolis Children’s Choir, grupo com grande destaque no cenário coral mundial.
Luís Gustavo Petri, em 1994, criou a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos e, desde então, é seu regente titular. Ao lado da Secretaria de Cultura de Santos, colocou a orquestra no cenário nacional, sendo presença constante nos festivais de Inverno de Campos do Jordão e Música Nova de Santos. Realizou espetáculos como Magdalena (Villa-Lobos) e óperas como Rigoletto e La Traviata (Verdi), Il Cappello di Paglia di Firenze (Nino Rota), Morcego (Strauss) e Roméo et Juliette (Gounod). É convidado frequente de orquestras como as sinfônicas Municipal de São Paulo (OSM), do Estado de São Paulo (Osesp), de Porto Alegre (Ospa), do Paraná (Teatro Guaíra), Brasileira (OSB), da USP (Osusp), a Filarmônica de Manaus e a Jazz Sinfônica. Esteve à frente de orquestras na República Dominicana e em Portugal, onde ministrou um curso de direção de orquestra. Dirigiu os balés Romeu e Julieta (Prokofiev) e O Lago dos Cisnes (Tchaikovsky), com o balé e a orquestra do Teatro Guaíra. Fez as estreias nacionais de Violanta (Korngold) e Uma Tragédia Florentina (Zemlinsky). Com o Balé da Cidade, foi compositor, regente da OSM e arranjador no espetáculo RISCO (2017). Inovou o formato de ópera com o projeto Ópera Curta, que criou com Cleber Papa. Foi diretor musical de West Side Story, Vitor ou Vitória, Cabaret, Lago 21, Cidades Invisíveis e My Fair Lady (que lhe valeu o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Direção Musical em 2016).
Carlos Moacir Vedovato Junior é professor de literatura brasileira há dez anos, tem se interessado e acompanhado o trabalho dos grupos de teatro em São Paulo ao longo dessa década. Atualmente se dedica a uma pesquisa de doutoramento (FFLCH-USP) sobre a ópera Café, de Mário de Andrade. Dedica-se também a escrever sobre teatro político, teatro popular e história do teatro no Brasil.
Judite Santos é paulista de Ribeirão Branco, filha de agricultores assentados da Reforma Agrária na região de Bauru. Historiadora formada pela Universidade Federal da Paraíba, através do programa nacional de educação na Reforma Agrária. É integrante do MST desde a juventude, atuou na organização de base em acampamentos e assentamentos do MST e contribuiu em brigadas internacionais do Movimento. Atualmente compõe a Secretaria Nacional do MST em São Paulo.
Classificação livre
Duração 90 minutos
Entrada livre e gratuita
Pensando, sempre, na proteção de nosso público, colaboradores e artistas, tendo em vista os cuidados quanto à transmissão da Covid-19, para participar dessa atividade é necessário seguir os protocolos de segurança estipulados em nosso Manual do Espectador (acesse aqui), que incluem a apresentação do comprovante de vacinação.