Theatro Municipal
19/07/2025 • 17h20/07/2025 • 17h22/07/2025 • 20h23/07/2025 • 20h25/07/2025 • 20h26/07/2025 • 17h27/07/2025 • 17h
[ Theatro Municipal – Sala de Espetáculos ]
Richard Strauss é autor de grandiosos poemas sinfônicos e, também, de óperas. Com enorme talento para a orquestração, a riqueza de cores e as texturas que conseguia extrair da orquestra eram, em grande parte, responsáveis pelo apelo que suas obras tinham junto ao público. No início do século XX, Strauss viu sua popularidade explodir com Salomé (1905) e Elektra (1909), obras de alta carga psicológica e concepção trágica. Sob o ponto de vista musical, elas avançam até o limiar da atonalidade. Com uma linguagem musical mais calcada na tradição, Strauss seguiu tendo sucesso nas óperas seguintes, como O Cavaleiro da Rosa (1911), recentemente apresentada pelo Theatro Municipal de São Paulo.
Strauss nunca se afastou do gênero, mas, quando compôs Friedenstag (Dia de Paz), em 1936, o mundo já era bem diferente dos dias ingênuos da Belle Époque. Em um ato e com curta duração, a obra foi desenvolvida em parceira com Stefan Zweig, com um enredo que se contrapunha ao crescente militarismo e antissemitismo da Alemanha. Como judeu durante a era nazista, no entanto, Zweig era uma escolha impossível como colaborador em qualquer obra que Strauss quisesse que fosse executada. Assim, chegou-se ao nome de Josef Gregor, que ficou responsável pelo libreto. Após as primeiras apresentações, levou muito tempo até que a ópera voltasse a ser encenada e, mesmo nos dias de hoje, sua fama está longe de se comparar às obras-primas anteriores do compositor.
Nesta nova montagem do Municipal de São Paulo, a obra de Strauss será acompanhada por Le Villi (As Fadas), ópera-balé em dois atos de Puccini com libreto de Ferdinando Fontana, baseado na mesma história do balé Giselle, de Adolphe Adam: uma jovem de coração partido é transformada em uma lendária criatura sobrenatural para se vingar de seu amante infiel, forçando-o a dançar até a morte.
Le Villi é a primeira obra de Puccini para o palco e foi escrita para um concurso. Embora desclassificada, a ópera foi encenada com apoio de admiradores do jovem compositor e, desde a estreia em Milão, em 1884, foi um enorme sucesso. O público apreciou a combinação habilidosa de tradição italiana e elementos wagnerianos, e chamou o autor ao palco diversas vezes. Le Villi possui momentos de grande lirismo, incluindo árias que mostram que, desde o início, Puccini tinha o dom para melodias apaixonadas.
Quem assina a direção cênica desta montagem inédita de ambos os títulos é André Heller-Lopes. Professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador da ópera brasileira, Heller-Lopes tem extensa experiência como diretor cênico de montagens no Brasil e no exterior.
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL
CORO LÍRICO MUNICIPAL
Priscila Bomfim, direção musical
André Heller-Lopes, direção cênica
Hernán Sánchez Arteaga, regente do Coro Lírico Municipal
Laura Françozo, figurino
Le Villi (As Fadas) (70′)
Ópera-balé em dois atos de Giacomo Puccini com libreto de Ferdinando Fontana
dias 19, 22, 25 e 27
Rodrigo Esteves, Guglielmo
Gabriella Pace, Anna
Eric Herrero, Roberto
dias 20, 23 e 26
Johnny França, Guglielmo
A ser anunciado, Anna
Marcello Vannucci, Roberto
Intervalo (20’)
Friedenstag (Dia de Paz) (80’)
Ópera em um ato de Richard Strauss com libreto de Joseph Gregor
dias 19, 22, 25 e 27
Leonardo Neiva, Comandante
Eiko Senda, Maria
Eric Herrero, Um Piemontese
dias 20, 23 e 26
Rodrigo Esteves, Comandante
A ser anunciada, Maria
Marcello Vannucci, Um Piemontese
Demais solistas a serem anunciados
Duração aproximada 170 minutos (com intervalo)
Classificação a ser anunciada
Ingressos de R$10,00 a R$210,00 (inteira)
Antes de participar desta apresentação, conheça os protocolos recomendados disponíveis no Manual do Espectador (acesse aqui).
Programação sujeita a alteração