Mesmo fora dos palcos, Sônia Mota e Mônica Mion mantêm os laços com a dança. Com carreiras que englobam direção, interpretação e criação de coreografias, elas conversaram sobre as suas experiências profissionais com os alunos da Escola de Dança de São Paulo. O encontro aconteceu na última quarta-feira, 04 de novembro de 2015, na Sala do Conservatório, Praça das Artes.
Susana Yamamuchi, diretora da Escola, intermediou o debate, que, ao final, contou com a participação direta dos futuros bailarinos, através de perguntas feitas às convidadas. Sônia e Mônica destacaram a efervescência das décadas de 60 e 70, exaltando a liberdade criativa da época.
Sônia é ex-aluna da Escola Municipal de Bailados, hoje Escola de Dança de São Paulo, e relembrou suas dificuldades com a dança, além do período de experimentação e rebeldia que vivenciou no extinto Teatro de Dança Galpão, que foi ponto de encontro dos dançarinos da cidade na década de 70. Ela destaca a evolução da Escola, que tem atualmente em sua grade até mesmo aulas de Composição. Agora, a ex-bailarina do Corpo de Baile da Cidade se dedica à direção da Cia de Dança Palácio das Artes, uma das mais importantes do Brasil e referência na história de dança em Minas Gerais.
Já Mônica Mion falou sobre a importância para a sua formação do Ballet Stagium, uma das mais tradicionais e respeitadas companhias brasileiras, que completa 45 anos em 2015. Além disso, a bailarina contou sobre as suas preferências, que mesmo passando pela experiência da criação, sempre gostou mais de dançar.
As convidadas procuraram desfazer a visão tradicionalista que existe sobre o balé, mostrando as diversas oportunidades que a dança pode proporcionar. Muito mais do que criar ou dançar, destacaram o conhecimento do corpo e da mente adquirido ao longo da trajetória de um bailarino.