30 de April de 2019
MARATONA: ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO EXECUTA AS NOVE SINFONIAS DE BEETHOVEN EM TRÊS DIAS
Sob regência do maestro Roberto Minczuk, os músicos sobem ao palco do Theatro Municipal nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho. Ao total, serão 5 concertos. Os ingressos variam de R$12 a R$40.
A partir do dia 31 de maio, o público poderá assistir um dos programas mais especiais da temporada de 2019 da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo: Beethoven Total. Os músicos apresentarão o ciclo completo das sinfonias de Ludwig van Beethoven durante os dias 31 de maio, 1 e 2 junho. O maestro titular Roberto Minczuk é o regente de todos os concertos. Os ingressos variam de R$12 a R$40.
Na estreia, sexta-feira (31), às 20h, os músicos apresentam as duas primeiras sinfonias de Beethoven. O ciclo é um marco na história mundial da música. A segunda obra foi composta em 1802 – ano em que Beethoven expôs, no Testamento de Heiligenstadt, sua angústia causada pela surdez.
No dia seguinte, sábado (1), às 17h, é o momento de ouvir as sinfonias número 3 e 4. A terceira obra do ciclo, escrita em 1803, foi dedicada a Napoleão Bonaparte, porém após Napoleão se coroar como imperador, o compositor retirou sua dedicatória. Considerada por muitos como o início do romantismo, a 3ª sinfonia é a mais longa e a chamou de ‘Eroica’ pelo caráter triunfante. Já a Sinfonia de nº4, composta em 1804, representa uma melodia mais camerística (em contraste com a terceira).
Ainda no mesmo dia (1), às 20h, os músicos voltam para o palco para apresentar as sinfonias 5 e 6. Conhecida também como Sinfonia do Destino, a quinta peça é uma das mais populares ao redor do mundo. Segundo o maestro Roberto Minczuk, “com 4 notas o compositor conseguiu construir todo um universo sinfônico. Essas notas se tornaram o tema musical mais universal que se conhece; qualquer um é capaz de reconhecer o tema da quinta de Beethoven, no mundo inteiro, em qualquer canto do planeta. ”
Após a quinta composição do ciclo, o público poderá contemplar a Sinfonia Pastoral. Cansado da vida da cidade e passando por muitas dificuldades, Beethoven parte para o interior, onde se inspira diante da natureza para escrever a Sinfonia nº6. A obra é um cântico de gratidão a Deus pela vida, pela natureza.
No domingo (2), às 17h, a Orquestra continua com o intenso ritmo e executa as duas próximas sinfonias. “A sétima sinfonia é uma explosão de alegria, de euforia, principalmente no seu último movimento”, afirma o maestro. Em seguida, os músicos transformam o intenso ritmo em uma sonoridade mais leve e divertida com a Sinfonia nº8. Nesta composição, o autor retorna para as suas raízes; é possível identificar na obra o estilo mais clássico e simples de Joseph Haydn, professor de Beethoven.
No período da noite, às 20h, os músicos voltam ao palco para finalizar a maratona interpretando uma das peças mais famosas: Sinfonia nº 9. A última obra do concerto tem a presença do Coro Lírico e do Coral Paulistano, além dos solistas Lina Mendes, Keila de Moraes, Fernando Portari e Sávio Sperandio.
Em meio as dificuldades e tantos desafios na vida, Beethoven ainda escolheu a música como escudo e espada para continuar a viver. O compositor já estava completamente surdo quando começou a escrever a sinfonia n° 9. “Que contradição, um gênio da música, aquele que se dedica a escrever as coisas mais belas que os ouvidos podem escutar, ele próprio perde a capacidade de ouvir. A música não está no ouvido, está no coração, na mente, na alma. Então isso não impossibilitou ele de continuar compondo. A nona sinfonia é a sua história, é um milagre; ela é autobiográfica”, afirma Minczuk.
O primeiro movimento da nona é marcado por questionamentos e revoltas contra a vida e contra Deus. Já no segundo momento, as indagações dão espaço a um desespero de uma forma mais energética. “A sua insistência e a sua escrita demonstra isso – como se ele estivesse dizendo: não desistirei, vou lutar enquanto eu respirar. ”
No terceiro movimento – Adagio, é o momento que o compositor traz temas simples, de muita reflexão, onde ele apresenta perguntas e finalmente o encontro de suas respostas. “Apesar de tudo, permanece o sentimento de gratidão, de que valeu a pena, mesmo em meio às adversidades a gente deve ser feliz pela vida. ”
No quarto e último movimento, Beethoven se utiliza de um texto do poeta Schiller para deixar seu legado para as próximas gerações. “Ele ali faz uma confissão de fé, de que a humanidade foi prevista para viver em harmonia e paz, que as pessoas foram destinadas a viverem como família e que acima das estrelas deve haver um Pai amoroso que cuida, olha para a humanidade e insiste em que nos abracemos e que deixemos os ruídos da vida de lado e olhemos para Ele. É a celebração da vida, da alegria, da união entre os povos, entre as pessoas e na fé de que existe algo além das estrelas. ”, finaliza Minczuk.
Mais informações:
Roberto Minczuk
Regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Roberto Minczuk celebra 25 anos de carreira este ano. O maestro já regeu mais de 100 orquestras internacionais e ocupou o cargo de maestro associado da Orquestra Filarmônica de Nova York, posição ocupada pela última vez pelo grande compositor, pianista e maestro Leonard Bernstein. Minczuk ganhou um Grammy Latino pelo álbum Jobim Sinfônico e o Emmy à frente do New York City Ballet. Além de regente da OSM, Minczuk também é maestro emérito da Orquestra Sinfônica Brasileira e maestro emérito da Orquestra Filarmônica de Calgary, no Canadá.
Orquestra Sinfônica Municipal
A história da Orquestra Sinfônica Municipal (OSM) se mistura com a da música orquestral em São Paulo, com participações memoráveis em eventos como a primeira Temporada Lírica Autônoma de São Paulo, com a soprano Bidu Sayão; a inauguração do Estádio do Pacaembu, em 1940; a reabertura do Theatro Municipal, em 1955, com a estreia da ópera Pedro Malazarte, regida pelo compositor Camargo Guarnieri; e a apresentação nos Jogos Pan-Americanos de 1963, em São Paulo. Estiveram à frente da orquestra os maestros Arturo de Angelis, Zacharias Autuori, Edoardo Guarnieri, Lion Kaniefsky, Souza Lima, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi e John Neschling. Roberto Minczuk é o atual regente titular da OSM.
Serviço
MAIO
31 Sexta | 20h
BEETHOVEN TOTAL
Ciclo completo das sinfonias
Orquestra Sinfônica Municipal
Roberto Minczuk, regente
Programa:
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 1 em Do maior, Op. 21
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 2 em Ré maior, Op. 36
Local: Sala de Espetáculos | Theatro Municipal de São Paulo
Duração aproximada: 1 hora e 20 minutos com 1 intervalo
Indicação etária: Livre (sugerido para maiores de 7 anos)
Ingressos: R$ 40 / R$ 30 / R$ 12
JUNHO
01 Sábado
17h
BEETHOVEN TOTAL
Ciclo completo das sinfonias
Orquestra Sinfônica Municipal
Roberto Minczuk, regente
Programa:
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 3 em Mi bemol maior, Op. 55
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 4 em Si bemol maior, Op. 60
Local: Sala de Espetáculos | Theatro Municipal de São Paulo
Duração aproximada: 1 hora e 40 minutos com 1 intervalo
Indicação etária: Livre (sugerido para maiores de 7 anos)
Ingressos: R$ 40 / R$ 30 / R$ 12
20h
BEETHOVEN TOTAL
Ciclo completo das sinfonias
Orquestra Sinfônica Municipal
Roberto Minczuk, regente
Programa:
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 5 em Do menor, Op. 67
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 6 em Fá maior, Op. 68
Local: Sala de Espetáculos | Theatro Municipal de São Paulo
Duração aproximada: 1 hora e 20 minutos com 1 intervalo
Indicação etária: Livre (sugerido para maiores de 7 anos)
Ingressos: R$ 40 / R$ 30 / R$ 12
02 Domingo
17h
BEETHOVEN TOTAL
Ciclo completo das sinfonias
Orquestra Sinfônica Municipal
Roberto Minczuk, regente
Programa:
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 7 em La maior, Op. 92
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 8 em Fá maior, Op. 93
Local: Sala de Espetáculos | Theatro Municipal de São Paulo
Duração aproximada: 1 hora e 20 minutos com 1 intervalo
Indicação etária: Livre (sugerido para maiores de 7 anos)
Ingressos: R$ 40 / R$ 30 / R$ 12
20h
BEETHOVEN TOTAL
Ciclo completo das sinfonias
Orquestra Sinfônica Municipal
Coro Lírico
Coral Paulistano
Roberto Minczuk, regente
Lina Mendes, soprano
Keila de Moraes, mezzo-soprano
Fernando Portari, tenor
Sávio Sperandio, baixo
Programa:
Ludwig v. Beethoven: Sinfonia nº 9 em Dó menor, Op. 125
Local: Sala de Espetáculos | Theatro Municipal de São Paulo
Duração aproximada: 70 minutos sem intervalo
Indicação etária: Livre (sugerido para maiores de 7 anos)
Ingressos: R$ 40 / R$ 30 / R$ 12