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21 de septiembre de 2021

Fantasmagoria, criado para as comemorações dos 110 anos do Theatro Municipal de São Paulo, revela história e bastidores da casa centenária por meio de percurso cênico

Daniela Thomas e Felipe Hirsch conceberam o espetáculo-percurso expositivo, no qual o público é levado a percorreras instalações do teatro; no trajeto, se depara com apresentações dos grupos artísticos da casa em locais inusitados, com mostra de antigos figurinos e de objetos do acervo da Central Técnica, ancorados em aparato audiovisual que conta um pouco da história do teatro e de seu entorno; mostra fica aberta até 31 de outubro e os ingressos custam R$ 30 de quarta a domingo; às terças-feiras, a entrada custa R$ 10, e as vendas são feitas exclusivamente pelo site do teatro. Foto: Rafael Salvador

Setembro é o mês de aniversário do Theatro Municipal de São Paulo – no dia 12 celebraram-se os 110 anos de um dos principais palcos e cartões postais da capital paulista. Para comemorar essa efeméride em grande estilo, os diretores Daniela Thomas e Felipe Hirsch foram convidados pela direção do Municipal a criar o Fantasmagoria Theatro Municipal, um percurso que revela, de forma dramática, a história desse espaço centenário. A atividade tem 1h20 de duração e pode ser conferida de terça a domingo, em diversos horários pré-definidos e divulgados pelo site theatromunicipal.org.br. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) de quarta a domingo, e às terças R$ 10 (inteira). Cada sessão vai receber um grupo de até 30 pessoas, em cumprimento aos protocolos de segurança sanitária do Theatro. Dinâmica quanto o cotidiano do teatro, Fantasmagoria fica em cartaz até 31 de outubro.

O percurso busca despertar os sentidos do público através de apresentações em locais inusitados – ou seja, fora do palco –de elencos alternados, formados por membros dos grupos artísticos do Theatro – Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade, Quarteto de Cordas, Coral Paulistano e Coral Lírico. Os artistas apresentam extratos de obras já interpretadas na casa, como árias, aberturas e trechos de coreografias. Ao longo do circuito, estão expostas peças do acervo do Municipal, como objetos de cena, figurinos de óperas e balés desenhados por nomes como Flávio de Carvalho e Santa Rosa, de antigas montagens operísticas e apresentações do Balé da Cidade da primeira metade do século 20. A exposição também traz elementos que remetem aos principais fatos que tiveram o Theatro Municipal como palco, como a Semana de Arte Moderna de 22. Aparatos audiovisuais dispostos em diferentes pontos da casa permitem ao visitante conhecer parte da história do edifício tombado e de seu entorno.

Para Andrea Caruso Saturnino, diretora geral do Theatro Municipal, Fantasmagoria tem um significado especial. “A exposição nos faz lembrar da importância da arte para a sociedade e do seu potencial de resistência e reinvenção ao longo de toda existência do Theatro. No decorrer dos seus 110 anos, o Municipal foi palco de grandes acontecimentos da cidade, fazendo com que ele se consolidasse com uma das mais relevantes casas de cultura do Brasil. Fantasmagoria mostra que o Theatro Municipal é uma grande referência para a cidade e segue vivo, recebendo novos públicos, produzindo sua arte sob novas linguagens e sem deixar de resgatar sua história”, comenta.

O circuito convida a refletir sobre a função e a vocação desse espaço cultural em nossa sociedade. A visita guiada começa no saguão, passa pelas escadarias, dirige-se ao balcão nobre e às varandas laterais do edifício, e segue, através dos bastidores, até o palco da Sala de Espetáculos, onde termina a jornada. No passeio, o público encontra performances de integrantes do Balé da Cidade de São Paulo, canções interpretadas pelo Coral Paulistano e Coro Lírico e obras do repertório sinfônico e camerístico tocadas pelos músicos dos demais grupos artísticos do Theatro, como a Orquestra Sinfônica Municipal, a Experimental de Repertório e o Quarteto de Cordas.

As apresentações presenciais no Complexo Theatro Municipal de São Paulo, abertas ao público, estão sendo realizadas com capacidade reduzida de até 30% da casa como medida a garantir a segurança das pessoas e o distanciamento entre os assentos, no caso da Sala de Espetáculos. Para assistir às apresentações dos grupos artísticos do Theatro Municipal de São Paulo, é necessário seguir os protocolos de segurança estipulados no Manual do Espectador, disponível aqui.