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05 de diciembre de 2019

Theatro Municipal recebe Noite de Gala do Circo em homenagem à cidade de São Paulo

Espetáculo contemporâneo que celebra o Dia Internacional do Palhaço acontece nos dias 10 e 11 de dezembro, às 20h, e vai reunir 200 artistas; destaque para o Circo Zanni, o Circo dos Sonhos, a Cia. Gravitá, o fundador do Teatro de Anônimo do Rio de Janeiro, João Artigos, a atriz e diretora Bete Dorgam e Márcia Dailyn, do Satyros, primeira bailarina trans do Municipal

Respeitável público, o Theatro Municipal de São Paulo abre suas cortinas para receber o maior espetáculo da Terra: o circo! Artistas do picadeiro, de tradicionais trupes, e artistas independentes apresentam uma homenagem à cidade de São Paulo. Eles irão dividir o palco com atores, bailarinos, uma orquestra, um coro infantil e até skatistas que utilizam as escadarias do prédio histórico do Municipal para a prática do esporte conhecido como o “surfe no asfalto”. Senhoras e senhores, apresentamos a vocês os palhaços Beija e Barbante em, São Paulo, Meu Amor!.

Neste ano, a Noite de Gala do Circo no Theatro Municipal será mais do que especial. Para celebrar esta arte que aproxima as pessoas e desperta um sorriso coletivo único, mais de 200 artistas irão tomar conta do Municipal em um espetáculo conduzido por dois palhaços e marcado por muita história e jogo de cena. O público vai se deliciar do começo ao fim. Serão duas apresentações gratuitas nos dias 10 e 11 de dezembro, terça e quarta, às 20h. A Noite marca também o Dia Internacional do Palhaço, comemorado em 10 de dezembro.

O espetáculo São Paulo, Meu Amor! traz personagens urbanos, tipicamente paulistanos, tratados pelo filtro do olhar circense. Entre encontros e desencontros, eles transitam por números circenses que representam ícones da cidade como o Parque do Ibirapuera, a Avenida Paulista, o Estádio do Pacaembu, o Mercado Municipal de São Paulo e o próprio Theatro Municipal, inaugurado em 1911 e símbolo da efervescência cultural da metrópole, berço da Semana de Arte Moderna de 1922.

O roteiro e a direção do espetáculo têm assinatura de Hugo Possolo, palhaço – fundador do grupo Parlapatões – e atual diretor artístico do Municipal. A cenografia, concebida por Possolo em parceria com Wanderley Piras, traz elementos em papelão com arte em grafite de um nome conhecido dos paulistanos, cujos trabalhos estão espalhados pela cidade: o artista Cadumen (Cadu Mendonça). A trilha sonora mescla músicas do cancioneiro compostas em homenagem à cidade, como Sampa, de Caetano Veloso; São Paulo, São Paulo, do Premeditando o Breque; e São, São Paulo, de Tom Zé; passa pelas faixas Não Existe Amor em SP, de Criolo; Passarinhos, de Emicida; até chegar ao famoso Trem das Onze, de Adoniran Barbosa e popularizado pelo grupo Demônios da Garoa. Para completar, tem Êh São Paulo, de Alvarenga e Ranchinho; e Amanhecendo, de Billy Blanco, entre tantas outras. Participação especial da Orquestra Experimental de Repertório e do Coral Infantojuvenil da Fundação Theatro Municipal de São Paulo.

A Noite de Gala do Circo é um presente ao público e, principalmente, a todos os profissionais desta arte milenar que historicamente ocupa espaços em que as outras linguagens não se fazem presentes. O evento acontece anualmente em São Paulo e tem a parceria da Secretaria Municipal de Cultura e o envolvimento da Associação de Amigos do Centro de Memória do Circo e do FIC – Festival Internacional de Circo de São Paulo.

Sinopse – São Paulo, Meu Amor!

São dois palhaços no papel de moradores de rua. A dupla Beija e Barbante ganha vida e interpretação de João Artigos, fundador do Teatro de Anônimo do Rio de Janeiro, e do próprio Hugo Possolo. Beija é um carioca e Barbante é outro migrante que há muito tempo vive em São Paulo. A escolha dos nomes é muito significativa. O primeiro é uma homenagem a Benjamim de Oliveira, primeiro palhaço negro do Brasil e primeiro palhaço a alcançar a fama no país; e o segundo é uma lembrança de Piolin, de Abelardo Pinto, que recebeu esse apelido por ser magro e de pernas finas (Piolin em espanhol é um barbante muito fino).

A narrativa percorre vários pontos emblemáticos da cidade com cenas e situações do dia a dia da metrópole. Intervenções circenses costuram a história. Um número de monociclo remete a questões de mobilidade urbana e o trânsito de São Paulo, como o metrô, os patinetes e as bicicletas. Tem ainda uma trupe acrobática de manipuladores e a Palhaça Elizabeth The Queen, por Bete Dorgam, no papel de uma mulher solitária. No apartamento em que mora, ela recebe as visitas no sofá, de onde surge um número de cama elástica.

Beija e Barbante encontram pelo caminho uma caixa de papelão com um bebê recém-nascido. A descoberta os conduz à busca incessante pelos pais da criança, símbolo da esperança que São Paulo desperta em todos que desembarcam na cidade. Na incursão dos moradores de rua, um clima de nostalgia toma conta do espetáculo com a chegada do picadeiro a São Paulo. O número tradicional com mágico, acrobatas e contorcionistas fica por conta da companhia Circo dos Sonhos.

Ficha técnica
Roteiro e direção: Hugo Possolo
Direção musical e regência: Jamil Maluf
Regência do Coro: Regina Kinjo
Cenografia: Hugo Possolo e Wanderley Piras
Arranjos das canções: Alexandre Daloia
Iluminação: Miló Martins
Assistente de direção: Wanderley Piras

Serviço
Noite de Gala do Circo: São Paulo, Meu Amor!
10 e 11 de dezembro | Terça e quarta-feira, 20h

Local: Sala de Espetáculos, Theatro Municipal de São Paulo
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Duração aproximada: 1h40
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita | distribuição dos ingressos 2h antes do espetáculo, 1 ingresso por pessoa
Horário da bilheteria do Theatro Municipal: De segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados e domingos, das 10h às 17h.
Capacidade: 1523 lugares
Acessibilidade: sim