Nova Criação de Renan Martins

Nova Criação de Renan Martins

Descrição do Evento

Uma obra coreográfica que celebra o encontro e o conflito, misturando danças populares brasileiras, música ao vivo e uma abordagem coletiva e política da dança.

Programação

O espetáculo apresentará uma nova criação coreográfica de Renan Martins, especialmente para o Balé da Cidade.

Informações

Encruzilhada (título temporário) é uma obra coreográfica sobre o encontro e o conflito, sobre a celebração como espaço de resistência e a negociação como caminho compartilhado. Enraizada em danças populares brasileiras e em vocabulários de movimento muitas vezes marginalizados pelos discursos culturais hegemônicos – como as danças de rua, o footwork e as danças de salão –, a obra revela como o corpo se torna um lugar vivo de trocas, parceria e embate. É nessa encruzilhada de mundos que a tradição se relaciona ao urbano, o popular ao institucional, o conflito ao aprendizado mútuo.
A peça tem como centro a coletividade – não como imagem idealizada, mas como prática instável e essencial. Em tempos marcados pela fragmentação, pela competição e pela privatização da felicidade, mover-se em grupo torna-se tanto um desafio criativo quanto um posicionamento político. Os intérpretes não apenas dançam juntos: eles negociam presença, fricção, silêncio e alinhamento, buscando um ritmo comum em meio à tensão.
O poder está em constante deslocamento. A coreografia se transforma em um campo de negociação, em que os corpos afirmam, cedem, confrontam e sustentam. Violência e vulnerabilidade coexistem. O equilíbrio não é dado, mas construído, constantemente. O trabalho abraça a contradição: o silêncio se rompe em ritmo, gestos emergem de códigos ancestrais e de urgências atuais.
A trilha é criada ao vivo, em tempo real, como parte desse trabalho coletivo. Os bailarinos também são músicos – tocam percussões, manipulam texturas eletrônicas e utilizam a voz como instrumento. A música não acompanha o movimento, mas nasce do mesmo corpo, do mesmo pulso, misturando pele de tambor com respiração, batida com intenção. Sons tradicionais e digitais se entrelaçam, criando uma paisagem sonora densa, crua e viva.
A coreografia expõe seu próprio processo de construção. A forma como os intérpretes se organizam – como se adaptam, falham e voltam a ser grupo – é visível. O público é convidado a testemunhar a criação da obra à medida que ela se desdobra: uma fronteira porosa entre processo e espetáculo, preparação e produto final, em que cada decisão reverbera no coletivo.
Encruzilhada não busca a perfeição. Busca presença. E pergunta: como sustentar o espaço um do outro quando tudo à nossa volta nos empurra para a solidão?

Sobre Renan Martins
Coreógrafo e bailarino brasileiro radicado em Barcelona. Iniciou sua carreira artística no Rio de Janeiro e, aos 17 anos, mudou-se para a Europa para estudar dança contemporânea na Salzburg Experimental Academy of Dance (SEAD) e na Performing Arts Research and Training Studios (P.A.R.T.S). Como bailarino, trabalhou com renomados artistas e companhias, como Anne Teresa de Keersmaeker, Peter Savel, Daniel Linehan e Meg Stuart. Seu primeiro trabalho em grupo, Let Me Die in My Footsteps, foi selecionado pelo Aerowaves em 2016. Desde então, tem desenvolvido e apresentado suas próprias criações em teatros e festivais na Europa e no Brasil. Como coreógrafo, colaborou com companhias como Dance Theatre Heidelberg, Unusual Symptoms do Theater Bremen, Danish Dance Theatre e Cullberg. De 2021 a 2024, Renan fez parte do DDE, um projeto de pesquisa sobre diversidade e inclusão, realizado em parceria com P.A.R.T.S., Manufacture e Stockholm University of the Arts (SKH).

Descrição do Evento

Uma obra coreográfica que celebra o encontro e o conflito, misturando danças populares brasileiras, música ao vivo e uma abordagem coletiva e política da dança.

Informações

Encruzilhada (título temporário) é uma obra coreográfica sobre o encontro e o conflito, sobre a celebração como espaço de resistência e a negociação como caminho compartilhado. Enraizada em danças populares brasileiras e em vocabulários de movimento muitas vezes marginalizados pelos discursos culturais hegemônicos – como as danças de rua, o footwork e as danças de salão –, a obra revela como o corpo se torna um lugar vivo de trocas, parceria e embate. É nessa encruzilhada de mundos que a tradição se relaciona ao urbano, o popular ao institucional, o conflito ao aprendizado mútuo.
A peça tem como centro a coletividade – não como imagem idealizada, mas como prática instável e essencial. Em tempos marcados pela fragmentação, pela competição e pela privatização da felicidade, mover-se em grupo torna-se tanto um desafio criativo quanto um posicionamento político. Os intérpretes não apenas dançam juntos: eles negociam presença, fricção, silêncio e alinhamento, buscando um ritmo comum em meio à tensão.
O poder está em constante deslocamento. A coreografia se transforma em um campo de negociação, em que os corpos afirmam, cedem, confrontam e sustentam. Violência e vulnerabilidade coexistem. O equilíbrio não é dado, mas construído, constantemente. O trabalho abraça a contradição: o silêncio se rompe em ritmo, gestos emergem de códigos ancestrais e de urgências atuais.
A trilha é criada ao vivo, em tempo real, como parte desse trabalho coletivo. Os bailarinos também são músicos – tocam percussões, manipulam texturas eletrônicas e utilizam a voz como instrumento. A música não acompanha o movimento, mas nasce do mesmo corpo, do mesmo pulso, misturando pele de tambor com respiração, batida com intenção. Sons tradicionais e digitais se entrelaçam, criando uma paisagem sonora densa, crua e viva.
A coreografia expõe seu próprio processo de construção. A forma como os intérpretes se organizam – como se adaptam, falham e voltam a ser grupo – é visível. O público é convidado a testemunhar a criação da obra à medida que ela se desdobra: uma fronteira porosa entre processo e espetáculo, preparação e produto final, em que cada decisão reverbera no coletivo.
Encruzilhada não busca a perfeição. Busca presença. E pergunta: como sustentar o espaço um do outro quando tudo à nossa volta nos empurra para a solidão?

Sobre Renan Martins
Coreógrafo e bailarino brasileiro radicado em Barcelona. Iniciou sua carreira artística no Rio de Janeiro e, aos 17 anos, mudou-se para a Europa para estudar dança contemporânea na Salzburg Experimental Academy of Dance (SEAD) e na Performing Arts Research and Training Studios (P.A.R.T.S). Como bailarino, trabalhou com renomados artistas e companhias, como Anne Teresa de Keersmaeker, Peter Savel, Daniel Linehan e Meg Stuart. Seu primeiro trabalho em grupo, Let Me Die in My Footsteps, foi selecionado pelo Aerowaves em 2016. Desde então, tem desenvolvido e apresentado suas próprias criações em teatros e festivais na Europa e no Brasil. Como coreógrafo, colaborou com companhias como Dance Theatre Heidelberg, Unusual Symptoms do Theater Bremen, Danish Dance Theatre e Cullberg. De 2021 a 2024, Renan fez parte do DDE, um projeto de pesquisa sobre diversidade e inclusão, realizado em parceria com P.A.R.T.S., Manufacture e Stockholm University of the Arts (SKH).

Programação

O espetáculo apresentará uma nova criação coreográfica de Renan Martins, especialmente para o Balé da Cidade.

Detalhes

Recursos de Acessibilidade: Conteúdo legendado, Acesso para cadeirantes

Como Chegar

Datas Disponíveis

14 de março de 2026
17:00
15 de março de 2026
17:00
18 de março de 2026
20:00
19 de março de 2026
20:00
20 de março de 2026
20:00
21 de março de 2026
17:00

Galeria de Imagens sobre o Evento

Próximos Eventos

Confira a programação completa e garanta seu lugar nos próximos espetáculos.

Abram Alas + Fórum de Mulheres Ópera Latinoamérica (OLA)

19/09/2025

Porgy and Bess, de George Gershwin

19/09/2025

Municipal Circula no CEU Butantã

27/09/2025

Quarteto de Cordas em Paris

27/09/2025

Bizet e Seus Contemporâneos

03/10/2025

Encomendas

09/10/2025

Semana da Criança: Ópera João e Maria

10/10/2025

Novas Sonoridades: Luz Eterna

16/10/2025

Avisos TMSP