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Theatro Municipal de São Paulo exibe o concerto O Sagrado e o Profano

Foto: Rafael Salvador

YouTube do Theatro transmite nesta sexta-feira, 7 de agosto, espetáculo com Orquestra, solistas e coros, incluindo um infantil, interpretando obras de Bach e Carl Orff, autor do grande hit ‘Carmina Burana’

O Theatro Municipal de São Paulo, ligado à Secretaria Municipal de Cultura, disponibiliza na internet mais um espetáculo de seu acervo. Nesta sexta-feira, 7 de agosto, o canal do Theatro no YouTube exibe o concerto que abriu a temporada sinfônica 2019 e que celebrou os 25 anos de carreira do maestro Roberto Minczuk, que comanda a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. A transmissão de O Sagrado e o Profano começa às 20h e o conteúdo ficará disponível por um mês para o público ver e rever quando quiser, de graça e sem necessidade de cadastro.

O repertório mescla a tradição da música sacra e tida como uma das obras mais incríveis do período barroco, com Magnificat em Ré Maior, de Johann S. Bach, com aquela que é uma das peças mais conhecidas, a grandiosa Carmina Burana, de Carl Orff, que facilmente é reconhecida pelo público, em especial pelo título O Fortuna presente em inúmeros filmes, como “Excalibur”, “The Doors” e “A Filha do General”. O espetáculo foi apresentado em março de 2019, no palco do Theatro Municipal, e registrado pela TV Cultura, emissora parceira da instituição.

Na primeira parte do concerto, a Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de Minczuk, junto ao Coral Paulistano, sob a preparação à época da maestrina Naomi Munakata (1955-2020), interpretam uma das obras monumentais de Bach, Magnificat em Ré Maior. A peça que exige solistas, contou com as participações das sopranos Laura Pisani e Marília Vargas, a mezzo-soprano Cecília Massa, o tenor Luciano Botelho e o barítono Homero Velho.

A obra concisa de 30 minutos foi escrita, em 1723, para ser executada às vésperas de Natal, e posteriormente foi adaptada a todas as épocas do ano. Baseada no Evangelho Segundo Lucas, faz referência ao momento do anúncio à Virgem Maria de que ela foi a escolhida para dar à luz a um filho gerado pelo Espírito Santo, o salvador.

Já na segunda parte do espetáculo, para interpretar a mais famosa obra de Carl Orff, a cantata Carmina Burana em formato de concerto, a Orquestra dividiu o palco com o Coro Lírico, preparado pelo seu maestro titular Mário Zaccaro, o Coro Infantojuvenil da Escola de Música do Theatro Municipal e três solistas: Laura Pisani, Luciano Botelho e Homero Velho.

Carmina Burana é baseada em 24 manuscritos profanos escritos em latim medieval encontrados no Mosteiro de Bauern, daí o nome Burana, e aborda o descontentamento dos monges com as corrupções do clero. A obra estreou em 1937, em Frankfurt, e desde então se tornou uma das peças mais conhecidas de música clássica. A obra é sobre amor, sexo, bebida e dança. No trecho de O Fortuna, em especial, destaque para a presença forte do coro e a marcação rítmica pulsante da percussão.

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Enquanto o Theatro Municipal de São Paulo segue fechado por determinação da prefeitura para evitar a propagação do novo coronavírus, o território digital é o novo palco. Quem acessa as redes sociais do Theatro pode conferir apresentações de performances de câmara, a íntegra de espetáculos apresentados no palco do Municipal e ainda aproveitar os cursos livres, as gravações solo em versões reduzidas para piano e acompanhar as lives com profissionais do Theatro. Tudo isso com acesso gratuito e irrestrito nas páginas do Theatro no Instagram, Facebook ou YouTube.

No canal de vídeos, em especial, o espectador pode assistir às óperas Rigoletto, O Barbeiro de Sevilha, O Cavaleiro da Rosa e A Viúva Alegre, ver ou rever os espetáculos do Balé da Cidade em A Biblioteca de Babel e A Sagração da Primavera e curtir dezenas de concertos sinfônicos como a série Beethoven Total, com a Orquestra Sinfônica Municipal interpretando as nove sinfonias do compositor alemão.

E o novo episódio do Podcast Theatro Municipal já está no ar. Para falar da ópera O Guarani, que em 2020 completa 150 anos, a apresentadora Ligiana Costa recebe os musicólogos brasileiros Maria Alice Volpe e Lutero Rodrigues, o italiano Emilio Sala, professor da Universidade de Milão, o historiador Casé Angatu Xukuru Tupinambá e os diretores cênicos Walter Neiva e Marco Antonio Rodrigues.

Baseada no romance indianista de José de Alencar, a obra estreou no Teatro Scala de Milão, em 1870, e conta uma história de amor e o massacre dos índios Aymorés no Brasil Colônia. O episódio é dedicado à obra do compositor brasileiro Carlos Gomes, que também será tema do próximo podcast do Theatro Municipal de São Paulo. O conteúdo está disponível nas plataformas de streaming.

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