Classificação indicativa – Não recomendado para menores de 12 anos – Pode conter histórias com agressão física, insinuação de consumo de drogas e insinuação leve de sexo.
Duração:
aproximadamente 180 minutos (com intervalo)
Ingressos
de R$33,00 a R$210,00 (inteira).
Programação sujeita a alteração.
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL
CORO LÍRICO MUNICIPAL
ORQUESTRA E CORO GUARANI DO JARAGUÁ KYRE’Y KUERY
IL GUARANY – O GUARANI
Ópera em 4 atos de Carlos Gomes com libreto de Antonio Scalvini e Carlo D’Ormeville
Roberto Minczuk, direção musical
Ailton Krenak, concepção geral
Cibele Forjaz, direção cênica
Hernán Sánchez Arteaga, regência do Coro Lírico Municipal
Denilson Baniwa, codireção artística e cenografia
Simone Mina, codireção artística, cenografia e figurino
Aline Santini, design de luz
Vic von Poser, design de vídeo
Luaa Gabanini e Lu Favoreto, coreografias
Gabi Schembeck e Luisa Kwahary, visagismo
Ligiana Costa, dramaturgista
Ana Vanessa, assistente de direção
todas as datas
David Vera Popygua Ju, Peri Eté
Zahỳ Tentehar, Onça Pajé
Araju Ara Poty, Onça Corifeia
dias 15, 18, 21 e 25/2
Enrique Bravo, Peri
Laura Pisani, Ceci
Bongani Justice Kubheka, Gonzales
dias 16, 19 e 24/2
Marcello Vannucci, Peri
Maria Carla Pino Cury, Ceci
David Marcondes, Gonzales
Lício Bruno, Cacique / Antropólogo (dias 15, 18, 24 e 25/2)
Savio Sperandio, Cacique / Antropólogo (dias 16, 19 e 21/2)
todas as datas
Andrey Mira, Don Antonio
Guilherme Moreira, Don Alvaro
Carlos Eduardo Santos, Ruy
Orlando Marcos, Pedro
Gustavo Lassen, Alonso
Após o sucesso em 2023, o Theatro Municipal de São Paulo traz novamente para sua programação, abrindo a temporada de 2025, a já icônica montagem da ópera Il Guarany (O Guarani), de Carlos Gomes, com libreto de Antonio Scalvini e Carlo D’Ormeville. Nesta montagem, a emblemática ópera, inspirada no romance indianista de José de Alencar, ganha uma nova leitura sob a concepção de Ailton Krenak e direção cênica de Cibele Forjaz. A presença em cena de um coro formado por indígenas da etnia Guarani do estado de São Paulo e da atriz Zahy Tentehar adiciona uma nova dimensão à produção.
O Guarani foi a primeira ópera brasileira a atingir reconhecimento internacional e uma das poucas a permanecer no repertório canônico. A trama explora a história de amor entre Cecília, filha de um nobre português, e o indígena Peri, pano de fundo para a tentativa, típica da literatura nacionalista, de criar um mito fundador da nação brasileira, em que o processo de colonização se daria pelo encontro amoroso entre colonizado e colonizador. Esse encontro é pontuado pela antítese entre o “bom selvagem,” submisso aos valores religiosos e civilizatórios dos colonos, e o selvagem indomado, defensor intransigente de sua terra.
Nesta leitura premiada pelo público da Revista Concerto e pela associação espanhola Ópera XXI, a narrativa e a música de O Guarani se entrelaçam com as sonoridades e presenças indígenas, dos mitos aos corpos e às vozes. A direção de arte e a cenografia, assinadas por Simone Mina e Denilson Baniwa, criam um diálogo dinâmico entre imagens tradicionais e contemporâneas. Além disso, teremos a oportunidade de acompanhar a estreia, neste teatro, da renomada soprano Maria Carla Pino Cury, que vem impressionando o público europeu com seu talento e intensidade interpretativa.