Sinopse:
[ Theatro Municipal – Cúpula ]
A Marta Soares e Cia é um núcleo que atua na cidade de São Paulo desde 1995 realizando pesquisa de vanguarda em dança. A qual investiga possibilidades de interseções entre a dança, as artes visuais, a arte performática e a música com frequência no formato imersivo “instalação coreográfica”. Com o intuito de dar continuidade e aprofundamento a trajetória de pesquisa e desenvolvimento da linguagem artística que vem realizando desde 1995, realizará em 2025 o projeto de circulação e criação “Feminino Informe” com o apoio do 36º Programa de Fomento à Dança.
As questões relacionadas ao feminino são abordadas na obra de Marta Soares e Cia. a partir da fricção e do embate entre as esferas micro e macro políticas. As quais são investigadas a partir das suas vivências como mulher, brasileira, artista da dança e, meia idade, ou seja, através de conteúdos históricos e biográficos atualizados ao momento presente.
Les Poupées
Concebido, dirigido e interpretado por Marta Soares, o solo de dança “Les Poupées” tem como ponto de partida as fotografias de bonecas realizadas pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer que foi influenciado pelos contos de E.T.A. Hoffman, em especial pelo conto “O Homem de Areia” que deu origem ao ballet Coppélia, pelos movimentos dadaísta e surrealista e pelos experimentos psicanalíticos realizados no início do século XX por Charcot e Freud com pacientes histéricas. Bellmer buscava fotografar as suas bonecas, as quais montava, desmontava e remontava, o que ele determinou como “inconsciente físico” que, de uma forma breve, seriam os caminhos que os desejos inconscientes percorrem pelo corpo. Bellmer procurava incessantemente em suas fotografias, ao virar o corpo pelo avesso para expor os mecanismos dos desejos humanos, revelar a relação entre o dentro e o fora do mesmo. Inspirado pelas fotografias de Hans Bellmer e pelas fontes internas da sua criadora o solo “Les Poupées” também explora, ao transgredir a lógica formal da distinção de oposições categóricas no corpo como dentro/fora, figura/fundo, homem/mulher, morto/vivo e animado/inanimado, o conceito “informe” segundo o sociólogo francês Georges Bataille para refletir sobre a condição do sujeito na contemporaneidade. Realizado com apoio da Bolsa Rede Stagium 1997. Recebeu o Prêmio APCA 1997.
Marta Soares, concepção e direção
Marta Soares, coreografia e interpretação
Marta Soares, figurino
Beto de Faria, desenho de luz
Marta Soares, trilha sonora
Marta Soares, objetos cênicos
CAIS Produção Cultural (José Renato F. de Almeida e Beto de Faria), produção
Bondages (versão solo)
O espetáculo “Bondages” tem como ponto de partida a série fotográfica “Amarrações” desenvolvida pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer nos anos 50. A qual teve como objetivo submeter o corpo feminino à uma experimentação direta. Nela Bellmer amarrou o corpo nu da sua parceira Unica Zurn e fotografou as várias dobras que se formaram de diferentes pontos de vista. O seu objetivo principal foi a remodelação do corpo, operação que ele já havia realizado nos seus desenhos de Única mais de dez anos antes. Na cena, em cima de uma plataforma, Marta Soares explora amarrações com um fio de nylon no seu próprio corpo. Cada movimento gera uma nova pose que é iluminada por um flash de luz estimulando um olhar fotográfico para o espetáculo. E, propõem uma reencenação do ato fotográfico que Bellmer realizou no corpo de Única Zurn, mas também, uma desfetichização desse ato, ao, como mulher, amarrar-se a si mesma. Realizado com o apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo. Recebeu o Prêmio Denilto Gomes de Dança 2017 e foi indicado ao Prêmio da Revista BRAVO 2017!
Marta Soares, concepção e direção
Marta Soares, performance
Bruno Levorin, dramaturgia
Aline Santini, desenho de luz
Guilherme Pardini e Marcelo Venzon, objetos cênicos
CAIS Produção Cultural (José Renato F. de Almeida e Beto de Faria), produção
*Agradecimento: a Danielli Mendes pela sua participação imprescindível como assistente de ensaio durante a criação da obra e temporada de estreia desta.
Bondages (versão trio)
O espetáculo “Bondages” versão grupo será um desdobramento no formato trio do espetáculo “Bondages” versão solo. E, como este último, também terá como ponto de partida a série fotográfica “Amarrações” desenvolvida pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer nos anos 50. A qual teve como objetivo submeter o corpo feminino à uma experimentação direta. Nela Bellmer amarrou o corpo nu da sua parceira Unica Zurn e fotografou as várias dobras que se formaram de diferentes pontos de vista. O seu objetivo principal foi a remodelação do corpo, operação que ele já havia realizado nos seus desenhos de Única mais de dez anos antes. Na cena, em cima de plataformas, as performers exploraram amarrações com um fio de nylon nos seus próprios corpos. Cada movimento gerará uma nova pose propondo uma reencenação do ato fotográfico que Bellmer realizou no corpo de Única Zurn, mas também, uma desfetichização desse ato, ao, como mulheres, amarrarem-se a si mesmas. O desenho de luz foi criado por Aline Santini e o desenho de som por Lívio Tragtenberg. Realizado com o apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo.
Marta Soares, concepção e direção
a definir, intérpretes
Aline Santini, desenho de luz
Lívio Tragtenberg, desenho de som
CAIS Produção Cultural (José Renato F. de Almeida e Beto de Faria), produção
Duração aproximada 40 minutos
Classificação livre para todos os públicos
Ingresso R$16,50 (meia entrada) R$33,00 (inteira)
Antes de participar deste espetáculo, conheça os protocolos recomendados e consulte a classificação indicativa disponível no Manual do Espectador (acesse aqui).
Programa sujeito a alteração